Uma cidade no interior de São Paulo está procurando focos do mosquito transmissor da dengue com a ajuda de um drone. Um objeto voador sem tripulantes controlado à distância.
Na batalha contra o mosquito transmissor da dengue, uma tecnologia que também voa. O drone, que é um tipo de veículo guiado por controle remoto, está a serviço da prefeitura de limeira para chegar onde os agentes de saúde não conseguem. É ele quem procura os focos do Aedes aegypti nos quintais, telhados, nas caixas d’água. Na cobertura da casa mostrada no vídeo, por exemplo, a câmera do drone revelou água parada na laje e na calha. E os agentes foram até a casa da Dona Maura. Ela nem desconfiava do problema.
“O pouco de água que fica o mosquito já pode estar proliferando lá”, explica a agente de saúde.
“Lógico, eu tenho quatro netas, vivem aqui comigo. Você acha que eu vou deixar essa água lá?”, diz dona Maura.
O uso do drone é uma das estratégias da Prefeitura de Limeira para conter o avanço da dengue. A cidade vive uma epidemia e decretou estado de emergência. Outra medida adotada foi aumentar em 12 vezes o valor da multa para quem for flagrado. A punição pode chegar a R$ 1,5 mil e dobra em caso de reincidência.
Em alguns pontos denunciados pelas imagens ninguém foi encontrado.
“Voltamos depois e se precisar nos entramos na Justiça, aí a imagem do drone é uma prova para que o juiz possa liminarmente nos autorizar a entrar na casa”, diz Luiz Antônio da Silva, secretário de Saúde.
O município também faz nebulização e coleta de materiais que acumulam água. Mas é a tecnologia que chama a atenção e divide opiniões.
“Eu penso que isso é uma invasão de privacidade”, diz um homem.
“Eu acho que é fundamental usar todas as armas para combater uma doença como essa”, afirma, outro homem.
O morador da casa onde o foco de dengue for encontrado tem 24 horas para removê-lo. Uma lei municipal prevê multa para quem não cumprir essa obrigação.
Fonte da notícia: Jornal Nacional